terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Ela andava depressa, e apertava com força o pacote em suas mãos. Ouviu passos atrás de si, e de repente se viu em um pequeno beco escuro e sem saída. Deixou seu pacote cair. Ao se abaixar para apanhá-lo, conseguiu avistar uma criança loira, de olhos claros caminhando em sua direção. A mulher ficou curiosa em saber quem seria aquela criatura aparentemente pequena e inocente. Esperou o pequeno garoto aproximar-se, e perguntou:
- Quem é você? Onde estão seus pais?
- Minha identidade não interessa a ninguém. Sou filho da escuridão, e me alimento de criaturas indefesas e ingênuas. Ah, como aprecio o doce gosto deste líquido quente e pulsante que surge dentro dos humanos... Há muitos dias que não como, minha fome é quase insaciável. Creio que você será a minha refeição, hoje.
E com um movimento violento e inesperado, a criança avançou para cima da mulher, que com uma expressão de pavor estampada em sua face, tentou gritar, e então foi dominada pelo doce monstrinho. Seus grito agudo ecoou forte pelo beco escuro, após uma mordida fatal em seu pescoço.
Ali permaneceu, sem mais nenhuma gota de sangue correndo por suas veias, pálida, fria, morta. A criança saiu daquele lugar despreocupada, sem medo de nada. O que poderia lhe acontecer? O que poderia lhe impedir? Nada, afinal, era imortal."

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