sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Brindemos à nossa vontade e a nossa preguiça. Brindemos à esse ano, e ao que vem aí. Brindemos aos amores e aos choros por eles. À nossas amizades conquistadas nesse ano e as que perdemos, também. Brindemos ao ontem, ao hoje e ao amanhã. Brindemos à nossa vida e à nossa morte daqui a talvez cem anos. Gostaria de fazer um brinde à todos aqueles me passaram uma rasteira e agradecê-los também, pois fiquei mais forte e esperta após o tombo! Não posso esquecer de dedicar um brinde às minhas quedas livres, me machuquei muito, mas estou aqui, viva - o que é decepção para muitos que me desejaram a fraqueza. Um brinde aos foras que levamos e aos que demos também. Às festas que fomos e às festas que iremos. Ao copo de bebida na nossa mão e ao amor jurado em vão. Brindemos à nossas famílias e à tudo que está por vir.
Brindemos aos nossos choros de final de ano e aos shows de fogos de artifícios no céu. No ano que vai entrar, desejo felicidade, amor, carinho e paz, muita paz, à todos nós.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Biografia de Olívia

Meados de agosto de 1942. Era uma noite tumultuada em Auxerre. Em uma pequena casa, afastada da cidade, uma criança acabara de nascer. Sua mãe, por estar totalmente fraca devido às complicações de seu parto, faleceu, e seu pai entrou rapidamente no cômodo totalmente aflito. Ao ver a criança, logo se apaixonou por aquela pequena criatura que o olhava com tamanha inocência.
Após algumas semanas, o pai da criança passou a chamá-la de Olívia.
Rafael adorava este nome. Decidiu chamá-la assim, por causa de sua mãe, que embora nunca a houvesse conhecido, a admirava mais do que qualquer coisa.
Olívia foi crescendo. Quando completou nove anos, seu pai fez com que um professor particular, viesse à sua casa, para dar aulas de piano à menina. A criança que adorava brincar durante o dia inteiro no jardim, adorou a idéia. Piano era o instrumento do qual ela mais gostava, adorava ficar por perto, ouvindo seu pai tocar. A música suave que ele fizera especialmente para ela, a tocava intensamente, sentia como se cada nota correspondesse a uma emoção, e ficava maravilhada com tamanha harmonia e suavidade. Assim, ficava durante horas ouvindo a mesma melodia, repetidas vezes.
No primeiro dia de aula, a menina ficou extremamente ansiosa para conhecer o homem que lhe ensinaria piano. Quando tocou a campainha, a menina correu para a porta, para recebê-lo.
- Bom dia, senhor! Será com você que terei aulas de piano?
Olívia o fitava cheia de entusiasmo, e aguardava ansiosamente uma resposta. Mas o homem continuou a observá-la, espantado com tamanha doçura e educação da menina. Após alguns instantes, como se houvesse acordado de um sonho, respondeu:
- Ah, você deve ser Olívia, se é que estou certo. Você sabia que para ser uma boa pianista você deve ter dedos compridos? Deixe-me ver sua mão.
Com um sorriso no rosto, o homem apanhou a mão da menina, e acariciou seus dedinhos. Nesse instante, Olívia sentiu que este homem era alguém especial, e que contribuiria muito para sua felicidade, então ficou ainda mais contente.
Aos dezenove anos, Olívia tocava piano perfeitamente, era considerada um prodígio da música. Seu pai, que a apoiava e incentivava a apresentou para um amigo seu, que se destacava por ser um dos homens mais ricos de Auxerre. Vendo que Olívia tinha um talento enorme e um futuro brilhante, o homem passou a cortejá-la insistentemente.
Após algum tempo, quando tinha vinte e três anos, Olívia fazia recitais quase todas as noites. Jaime, o amigo de seu pai, se tornou seu agente, e fez dela uma mulher famosa.
Olívia era muito desejada pelos homens. Seus cabelos ruivos, seus olhos verdes e seu corpo perfeito a faziam uma das poucas mulheres charmosas da cidade.
Jaime a apreciava de uma maneira inexplicável. Dizia que Olívia era uma mulher especial, única. Ele era viúvo, sua antiga esposa era extremamente rica, foi assassinada brutalmente, e o assassino nunca foi descoberto.
Jaime e Olívia saíam para jantar constantemente. Em um desses jantares, ele a pediu em casamento, e ela aceitou. Olívia nunca havia tido um amor em toda sua vida, e por mais que houvessem muitos homens que caíssem a seus pés, Olívia não se sentia atraída por nenhum deles, então se questionou. “Porque não me casar com um homem que poderá sustentar a mim e nossos filhos? Porque não me casar com Jaime, que é tão educado e atencioso?”
Os dois se casaram dois meses depois, e após três anos de casamento, Olívia foi assassinada, e o assassino nunca foi descoberto.
Jaime herdou toda a sua fama e seu dinheiro, e passou a ser então, o homem mais rico da França. Esta história poderia ser uma incógnita. Ou não.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Preconceito sexual é discriminar alguém pela sua orientação sexual. Você acha isso certo? Já ouvi muita gente falando “Se meu filho virar gay, eu me mato!”. Não entendo essa rejeição quanto à opção sexual dos filhos. Se você tivesse um filho, ou uma filha, aceitaria que ele ou ela fosse homossexual? Eu queria uma boa explicação para esse preconceito todo. Independente de qualquer coisa, cada pessoa tem seu gosto, ninguém é igual a ninguém , se você é homem e gosta de homem, tudo bem, se você é mulher e gosta de mulher, perfeito. As pessoas tem o direito de viver da maneira como elas quiserem, sem que ninguém se meta na vida delas. O que acontece entre quatro paredes só diz respeito a quem está dentro delas. Ao ar livre também, já que as pessoas não são todas iguais. Algumas pessoas argumentam que isso é errado, que o homem e a mulher se encaixam perfeitamente, então é assim que tem que ser. Comportamento homossexual já foi observado em mais de 1500 espécies diferentes, e não é anomalia nenhuma sentir atração por pessoas do mesmo sexo. As pessoas se sentem no direito de julgar e analisar os outros, só por não terem a mesma opção sexual que a sua. De verdade, acho isso ridículo. Não importa se não há compreensão pelo gosto alheio. Escolha o que lhe cai bem, e deixe os outros seguirem seus caminhos. Viva as diferenças!
"Ela andava depressa, e apertava com força o pacote em suas mãos. Ouviu passos atrás de si, e de repente se viu em um pequeno beco escuro e sem saída. Deixou seu pacote cair. Ao se abaixar para apanhá-lo, conseguiu avistar uma criança loira, de olhos claros caminhando em sua direção. A mulher ficou curiosa em saber quem seria aquela criatura aparentemente pequena e inocente. Esperou o pequeno garoto aproximar-se, e perguntou:
- Quem é você? Onde estão seus pais?
- Minha identidade não interessa a ninguém. Sou filho da escuridão, e me alimento de criaturas indefesas e ingênuas. Ah, como aprecio o doce gosto deste líquido quente e pulsante que surge dentro dos humanos... Há muitos dias que não como, minha fome é quase insaciável. Creio que você será a minha refeição, hoje.
E com um movimento violento e inesperado, a criança avançou para cima da mulher, que com uma expressão de pavor estampada em sua face, tentou gritar, e então foi dominada pelo doce monstrinho. Seus grito agudo ecoou forte pelo beco escuro, após uma mordida fatal em seu pescoço.
Ali permaneceu, sem mais nenhuma gota de sangue correndo por suas veias, pálida, fria, morta. A criança saiu daquele lugar despreocupada, sem medo de nada. O que poderia lhe acontecer? O que poderia lhe impedir? Nada, afinal, era imortal."

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Meu deus. Nunca uma saia curta criou um bafafá tão grande no Brasil, como o caso da estudante que foi apedrejada por seus colegas na faculdade por causa do tamanho do seu vestido. Ninguém tem o direito de sair por aí ofendendo e agredindo ninguém por causa da roupa do fulano, ou por causa do jeito da siclana, agora, convenhamos, que esse vestido aí, não é, e nunca vai ser conveniente pra usar em uma universidade, né?

Bom, todo mundo sabe qual foi o objetivo dela de sair com essa saia curtíssima, iriam mexer com ela, de qualquer jeito. O que aconteceu foi consequência de todo um efeito dominó: a menina gostava de roupas ousadas, gostava de chamar atenção, ia vestida assim para a faculdade, os pais não proibiam, a faculdade não reprimia e aposto que os meninos adoravam. Não estou julgando ninguém para santo ou para judas, mas a menina atiçou, e não foi de agora. Aposto que não foi do nada; ultrapassou um limite. Talvez o limite do bom senso. Só sei que deu no que deu e que uma faculdade deveria ser um espaço, no mínimo, um pouco mais decente (e não falo exclusivamente da roupa da senhorita). Bom, agora defendendo a minha opinião, acho que a Geyse não merece nem a metade das defesas que está tendo, nem das páginas de jornal e do tempo de TV e rádio que está ocupando. É claro que achei totalmente errada tamanha agressão verbal sofrida por ela, mas que ela provocou, ah se provocou. Não estou dizendo que as mulheres não devam ter liberdade pra irem e virem vestidas como quiserem, mas, cá entre nós,não há necessidade nenhuma de ir vestida assim para a universidade. Mas independente de tudo, ela conseguiu o que queria, aparecer.

sábado, 7 de novembro de 2009

"Ia e voltava naquela antiga cadeira de balanço, sua madeira já havia produzido fungos. Ia e voltava. Lutava com os óculos que persistiam em deslizar até a ponta de seu nariz. Suas unhas encravadas seguravam a agulha que dançava entre as linhas azuis. Ia e vinha. Seu cachorro dormia em um pano de chão sujo. Os grampos enferrujados evitavam que os seus cabelos grisalhos caissem sobre sua face. E o ritmo não parava. Suas narinas inalavam o doce cheiro das suas rosas, até que, freiou a cadeira com seus pés calçados de chinelas surradas, ergueu sua cabeça e olhou o retrato de seu amado. Lembranças. Focou novamente seu olhar ao crochê. Novamente, ia e vinha, e só parava para lembrar a sua fraca mente a imagem de seu amado."

"A verdade pode ser a pior solução aos casos da vida. Pode destruir tudo, ao mesmo tempo em que pode construir outra coisa a mais. E nunca saberemos o certo a fazer. As possibilidades estão sempre ali, batendo a nossa porta. Para nos fazer desistir de tudo, ou para nos encorajar. Quem saberia? Quem poderia nos guiar na nossa incansável busca pela felicidade? A verdade é que nunca saberemos. Estaremos sempre arriscando, atirando no escuro. A verdade é que ela é fundamental para tudo. É a base. A verdade é... apenas verdade."

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Foi uma questão de impulso. Eu estava me olhando no espelho, com uma joaninha (alfinete de prender fraldas, meu deus) na mão. Olhei pra minha orelha, e simplismente deu vontade de fazer um furo nela. Doeu, mas eu adorei sentir aquela dor. As pessoas olhavam pra minha orelha, horrorizadas, como se tivesse nascido um broto nela, credo, era só uma joaninha. A conclusão é que dois dias depois ela resolveu inflamar. Soltou pus e tudo, argh. Nunca se fure sem saber como furar e onde furar, você sempre se ferra no final. Ah, e não fure nada com alg que não esteja esterilizado, fica a dica. A questão, é não fazer as coisas apenas por impulso. Às vezes eu sinto um impulso enorme de sair correndo e berrando, dependendo da situação. Se eu fizesse isso ia ficar com fama de autista, ou de doida varrida, sei lá né? Enfim, agora minha orelha só dói e lateja. Já tirei a joaninha dela. Acho que vou ter que tomar antibiótico, meu corpo é todo chato com essas inflamações, tenho alergia a tudo. Será que a minha orelha pode cair?

domingo, 1 de novembro de 2009

- Ai, que saco essa van aí, sai ou não sai?
- Calma mãe, já estão fechando as portas.

Dizia eu pra minha mãe hoje,dentro do carro, num calor de 38 graus, tentando estacionar o carro, na praia da Armação. Nas portas da van estava escrito "FloriParis - Confeitaria francesa". Nha, só por causa da propaganda, amei aquela van. E por causa das pessoas que estavam dentro, também (hehe). Eu estava com meu biquíni laranja, que eu amo, e com minha camiseta escrito "J'aime le France". Quando eu saí do carro, as pessoas que saíram de dentro da vam, estavam falando francês, de repente olharam pra mim e começaram a murmurar "J'aime le France!". Um deles sorriu pra mim, até que era bonito, er. No caminho para a praia comecei a pensar na França. Ia ser muito mágico se eu morasse lá. Eu poderia tomar café da manhã todos os dias com uma xícara de café com leite, um croissant e uma fatia de pão com manetiga e geléia.Poderia sair na rua, e dizer "Bon Jour!" para as pessoas, poderia comer petit-gateau e fondue à vontade, eita. Sem falar no lugar em que eu iria morar. Iria morar em La Rochelle, todos aqueles barcos, catedrais e cabines de telefone vermelhas! Ai, amo.

É uma pena ver que muitas pessoas só são capazes de te julgar pela beleza externa. Só podem gostar de você se estiver com os cabelos em ordem, ter o nariz bonitinho e uma cintura 38. É ridiculo ver que a honestidade, a boa vontade, o sorriso do rosto e o abraço sincero não valem mais nada. "Eu te amo" virou uma frase tão comum quanto "Me passe o açúcar". Acho que a futilidade das pessoas está passando dos limites. E estas coisas idiotas que passam na televisão? Só servem pra manipular a sociedade. Essas atrizes peitudas, inteiressadas em ganhar status fazendo bobagem,ganhando horrores e se entupindo de drogas. Essa obsessão das pessoas em ter um cabelo perfeito,um corpo perfeito,sendo que na cabeça só tem porcaria. Ah, quem nunca sentiu vontade de sumir? Vai dizer que nunca quis simplesmente desaparecer? Você nunca cansou da mesma rotina e das mesmas pessoas te dizendo como agir, e o que fazer? Nunca quis ir embora? Sim. Todos querem... é que ninguém aguenta mais.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quando você confia em alguém, é porque ela merece, certo? Sim ,você não sai distribuindo sua confiança pra qualquer pessoa que você conhece. Hoje tive a prova de que eu confio demais nas pessoas. De que adianta você achar que a pessoa vai manter as coisas que você a diz, só para ela, se a toda hora, se você não faz o que ela quer, te expõe pra todo mundo? Isso aconteceu comigo hoje, porque eu sou burra, em confiar em qualquer um. Confiança se CONQUISTA. É que nem aquela frase: A Confiança leva anos para ser construída, e segundos para ser quebrada. Decidi que não vou mais contar nada pra ninguém, porque as pessoas andam me decepcionando muito, nesse aspecto. Chorei bastante hoje. Estou com saudade das minhas amigas. Minhas verdadeiras amigas, aquelas que mereceram minha confiança, e nunca a desperdiçaram. Queria enfiar tods elas aqui nessa escola. Mas nada é perfeito, Anaís, se contenta. Enfim, acho que estou de TPM (quando estou de TPM, ao invés de ficar estressada, fico hiper sensível, é) , isso explica todo esse drama. Daqui a pouco passa, enquanto isso, desconto no teclado e nos lencinhos de papel.